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domingo, 30 de agosto de 2009

Greco romana MAE/USP

http://www.heladeweb.net/Numero%20Especial/Feitosa_GarraffoniNE.htm
ISSN 1518-2541
Hélade, Número Especial, 2001:60- 64

Lourdes M.G.C. Feitosa e Renata Senna Garraffoni
Doutorandas em História (IFCH/ UNICAMP - Bolsistas da Fapesp)
e-mail: luconde@travelnet.com.br
As Culturas Greco-Romanas em Discussão: as Pesquisas em Antigüidade Clássica da Unicamp

O estudo da Antigüidade Clássica na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) teve início na década de setenta com o professor Jaime Pinsky e, de lá para cá, tem se consolidado como um espaço de discussão e produção de pesquisas sobre o mundo greco-romano. Em meados da década de noventa, por exemplo, o curso de História contava com dois bolsista de iniciação científica que desenvolveram projetos de pesquisa ligados ao mundo romano (1) e dois que fizeram um levantamento bibliográfico das fontes clássicas existentes na Universidade (2), todos sob orientação do professor Pedro Paulo Abreu Funari, que assumira o lugar do professor Pinsky em 1992, em virtude de sua aposentadoria.
Nos últimos três anos (3), este quadro tornou-se mais complexo. Além de novos bolsistas de iniciação científica (4), houve um considerável aumento de pesquisadores no programa de Pós-graduação do Departamento de História interessados no mundo greco-romano. Estruturalmente falando, atualmente estes estudos estão aglutinados na linha de pesquisa História, Cultura e Gênero, criada em 1995 com objetivo de realizar estudos temáticos e teóricos partindo da reflexão sobre algumas correntes historiográficas contemporâneas, em especial a Nova História, a História Cultural e Social e a História Intelectual. Assim, dentro de uma linha de pesquisa cuja preocupação central é discutir novos caminhos para se escrever a História dos diversos períodos, vários trabalhos sobre Grécia e Roma vem sendo desenvolvidos: atualmente contamos com cinco pesquisadores no mestrado (5), três no doutorado (6) e duas dissertações defendidas (7), todos sob orientação do professor Funari, livre-docente em História Antiga desde 1996.
O desenvolvimento destas pesquisas tem sido possível em virtude da relação de três fatores, que serão comentados a seguir: atividades promovidas pelo Departamento de História e Instituto de Estudos da Linguagem (IEL); apoio dos órgãos de fomento à pesquisa e o CPA – Centro do Pensamento Antigo.

sábado, 29 de agosto de 2009

Greek art.

http://books.google.com.br/books?id=J-BMLXog4koC&pg=PA61&lpg=PA61&dq=colin+renfrew+greek+houses&source=bl&ots=ubqxzDdKHh&sig=rARCoydJjDBHGl0Qi7YEFX73Lu8&hl=pt-BR&ei=K1eZSvvhDNuK8QaEsrDDBQ&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=7#v=onepage&q=&f=false

Greek ancient houses

http://books.google.com.br/books?id=5VnNJ5Fpi-kC&pg=PA21&lpg=PA21&dq=colin+renfrew+greek+houses&source=bl&ots=Wb3X13j95r&sig=yFx_hhCxvKu3GRD8uvHhEImj9hI&hl=pt-BR&ei=K1eZSvvhDNuK8QaEsrDDBQ&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=1#v=onepage&q=&f=false

Arquitetura grega.

ARQUITETURA GREGA
Santuário de Palas Atena Pronaia em Delfos
Na construção de templos e edifícios públicos, os arquitetos gregos não usavam material aglutinante para unir as pedras de que se faziam as colunas: estas eram apenas superpostas, mas, apesar dos poucos meios disponíveis para o corte e polimento, se encaixavam com tal precisão que entre uma e outra não há como inserir uma agulha. A arquitetura grega tem no templo sua expressão maior e na coluna sua peculiaridade. A coluna marca a proporção e o estilo dos templos. De início, os gregos conheceram dois tipos de ordem (estilo) de colunas, a dórica e a jônica, e mais tarde acrescentaram a coríntia, derivada da jônica, com o capitel dotado de folhas de acanto. Na arquitetura do período geométrico, entre os anos 900 e 725 a.C., as casas são de plano irregular e os templos têm planta ora longa e estreita, ora quase quadrada, com uma coluna central (ou fila central de colunas) como arrimo.
Os modelos de terracota das construções de Argos deixam perceber um par de colunas ante uma pequena câmara retangular, sobre a qual se alteia um telhado pontiagudo. Os materiais de construção preferidos eram o tijolo cru e a madeira, com alguma utilização da pedra. A partir do século VI a.C., desenvolveram-se as ordens dórica e jônica, essencialmente gregas. O mais primitivo exemplo da ordem dórica vê-se no templo de Apolo, em Termo, na Etólia, e a ordem jônica nasceu no Egeu oriental, em cidades como Samos e Esmirna. O templo ganhou em amplitude e a utilização da pedra, sobretudo mármore, tornou-se cada vez mais freqüente. Relevos escultóricos passaram a adornar as construções, com motivos florais e figurativos, como no templo de Prínias.
Durante curto intervalo, praticou-se em Neandria e outros lugares o rebuscado capitel palmiforme de tipo eólico, de origem síria. Em Prínias, Deméter e Selino persiste um modelo de templo destituído de pórtico, que pressupõe origem mais antiga. Entre os anos 600 e 500 a.C. (período arcaico), os modelos esboçados no período anterior foram ampliados e elaborados com refinamento gradativo das proporções, enquanto os capitéis se tornaram mais elegantes e a ação escultórica dos frontões passou a integrar-se melhor na estrutura arquitetônica.
Ao mesmo tempo, a cor foi amplamente utilizada para vivificar o ornamento em pedra, geralmente mármore. O típico templo grego passou a obedecer então a um plano em que se sucedem um pórtico de acesso, a câmara principal com a imagem da divindade e, com freqüência, um aposento aos fundos. Uma colunata (peristilo) circunda o conjunto, coberto por um telhado reclinado. Duas filas de colunas dividem, às vezes, a cella (câmara reservada à divindade) numa nave central e duas alas laterais. Exemplos marcantes de templos dóricos arcaicos acham-se em Corfu, Termo, Selino, Sele, Pesto, Atenas, Cirene, Corinto, Súnio, Asso e Delfos. Entre os mais importantes templos jônicos do período citam-se os de Éfeso e Samos, ambos dípteros, ou seja, dotados de dupla colunata.
PERÍODO CLÁSSICO
Toda a arquitetura clássica produzida entre os anos 500 e 300 a.C., caracteriza-se por um senso absoluto de organicidade e equilíbrio, subordinando-se suas proporções à ordem matemática. Nessa época, que se estende do término do templo dos Alcmeônidas, em Delfos, ao início do "século de Péricles", quando se empreendeu o embelezamento da acrópole de Atenas, os esforços dos arquitetos concentraram-se particularmente no aperfeiçoamento da ordem dórica. As cidades e ilhas jônicas caíram em poder dos Persas, o que talvez explique a raridade dos templos jônicos na época. Em contraposição, os arquitetos esforçaram-se para harmonizar as relações entre os diversos elementos arquitetônicos e determinar módulos para a ordem dórica. A primeira grande construção dórica do período foi o templo de Zeus, em Olímpia, erguido segundo risco de Libão em 456 a.C.
Quando Atenas foi reconstruída, no governo de Péricles, concentraram-se na colina da Acrópole vários templos dóricos, dos quais o mais importante - que, na verdade, marcou o apogeu do estilo clássico - é o Pártenon, construído por Ictino e Calícrates e decorado com esculturas concebidas por Fídias. A partir de então, essa obra, com oito colunas de frente e 17 de cada lado, influenciou toda a arte e toda a arquitetura da Grécia, fornecendo-lhe um padrão em que se unem a concepção ideal da forma e das proporções humanas e um enfoque emocional sereno e despojado.
Os templos jônicos do período clássico, se perderam em amplitude quando comparados aos da época arcaica, superaram-nos em graça e pureza. As ordens dórica e jônica lançavam mão de motivos abstratos ou semi-abstratos para simbolizar a vida orgânica. Os arquitetos do período clássico tardio, ao contrário, preferiram traduzi-la mais literalmente e para tal fizeram uso de ornamentos inspirados no acanto e outras plantas. Surgiu assim a última ordem da arquitetura grega, a coríntia, anunciada no templo de Apolo, em Bassas, e que se fez popular a partir de 334 a.C. Em seguida, o estilo coríntio combinou-se ao dórico em muitos edifícios: aquele reservado para o interior, este para a fachada (templos de Atena, em Tégea, por Escopas). O fim do período clássico presenciou uma revitalização do estilo jônico, por influência do arquiteto Píteas (túmulo de Mausolo, em Halicarnasso), que abandonou a busca do refinamento em troca da monumentalidade.
PERÍODO HELENÍSTICO
Até a fase clássica, os arquitetos gregos encaravam cada construção como uma unidade completa em si mesma e, como tal, destacada das demais. No período helenístico (entre os anos 300 e 100 a.C.), tal tendência desapareceu e os arquitetos, acostumados a projetar novas cidades, buscaram o complexo arquitetônico, que realizaram em sítios como Cós, Pérgamo, Antioquia, Selêucia e Magnésia. Foi a época do desenvolvimento do urbanismo: os pórticos multiplicaram-se e as ruas cruzaram-se em ângulo reto, freqüentemente flanqueadas por colunatas. O plano das ágoras (praças) tornou-se regular, com construções consagradas às reuniões populares. Também nessa época o conjunto passou a ofuscar o detalhe, como se observa nos templos elaborados por Cossúcio (o de Zeus, em Atenas) e Hermógenes (o de Ártemis, na Magnésia), ou no grande altar de Pérgamo.
O interesse deslocou-se para os edifícios seculares ou semi-seculares, como deambulatórios (colunatas de Priene, Pérgamo e Atenas), assembléias (Mileto) ou bibliotecas (Pérgamo), sem falar nos palácios, vilas e residências. As residências do período helenístico são de proporções modestas, mas a partir do século III a.C. tornaram-se luxuosas. As peças são dispostas em torno de um pátio central com peristilo dórico, e decoração em pintura, estuque e mosaico. A construção dos teatros modificou-se: desapareceu o coro e o proscênio aumentou com uma parede de fundo decorada.
O contato com as arquiteturas não-helênicas (do Egito, Síria, Mesopotâmia) levou à produção de novos tipos arquitetônicos, com o que se enriqueceu o repertório ornamental. As ordens gregas atingiram a Pérsia e mesmo a Índia, fundindo-se em muitas ocasiões aos estilos locais. À ornamentação de cunho vegetal juntou-se, por necessidade rítmica, a de base animal, e não raro os ornamentos foram concebidos como réplicas realistas de objetos do culto (guirlandas, peças rituais). Na era cristã, a basílica helenística foi a mais usada até o século V. No início do século VI surgiu a igreja de cúpula e planta grega. Antes livre, a planta cruciforme passou a ser inserida em paredes retangulares, com muros externos octogonais. Seu apogeu verificou-se nos séculos XI e XII, com o uso de quatro cúpulas, uma em cada braço da cruz.
Santuário de Afaya em Aegina.
Fonte: www.nomismatike.hpg.ig.com.br
ARQUITETURA GREGA
Os gregos foram os primeiros artistas realistas da história, ou seja, os primeiros a se preocupar em representar a natureza tal qual ela é. Para fazerem isso, foi fundamental o estudo das proporções, em cuja base se encontra a consagrada máxima segundo a qual o homem é a medida de todas as coisas. Podem-se distinguir quatro grandes períodos na evolução da arte grega: o geométrico (séculos IX e VII a.C.), o arcaico (VII e VI a.C.), o clássico (V e IV a.C.) e o helenístico (do século III ao I a.C.)
No chamado período geométrico, a arte se restrigiu à decoração de variados utensílios e ânforas. Esses objetos eram pintados com motivos circulares e semicirculares, dispostos simetricamente. A técnica aplicada nesse trabalho foi herdada das culturas cretense e micênica. Passado muito tempo, a partir do século VII a.C., durante o denominado perído arcaico, a arquitetura e a escultura experimentaram um notável desenvolvimento graças à influência dessas e outras culturas mediterrâneas.
Também pesaram o estudo e a medição do antigo megaron micênico, sala central dos palácios de Micenas a partir da qual concretizaram os estilos arquitetônicos do que seria o tradicional templo grego.
Entre os séculos V e IV a.C., a arte grega consolida suas formas definitivas. Na escultura, somou-se ao naturalismo e à proporção das figuras o conceito de dinamismo relfetido nas estátuas de atlestas como o Discóbolo de Miron e o Doríforo de Policleto. Na arquitetura, em contrapartida, o aperfeiçoamento da óptica (perspectiva) e a fusão equilibrada do estilo jônico e dórico trouxe como resultado o Partenon de Atenas, modelo clássico por excelência da arquitetura dessa época.
No século III, durante o período helenístico, a cultura grega se difunde, principalmente graças às conquistas e expansão de Alenxandre Magno, por toda a bacia do Mediterrâneo e Ásia Menor.
Não resta dúvida de que o templo foi um dos legados mais importantes da arte grega ao Ocidente, devendo suas origens ser procuradas no megaron miscênico, aposento de morfologia bastante simples, apesar de ser a acomodação principal do palácio do governante, sendo este, no princípio, o esquema que marcou os cânones da edificação grega.
Foi a partir do aperfeiçoamento dessa forma básica que se configurou o templo grego tal como o conhecemos hoje. No princípio, os materiais utilizados eram o adobe - para as paredes - e a madeira - para as colunas. Mas, a partir do século VII a.C. (período arcaico), eles foram caindo em desuso, sendo substituídos pela pedra. Essa inovação permitiu que fosse acrescentada uma nova fileira de colunas na parte externa (peristilo) da edificação, fazendo com que o templo obtivesse um ganho no que toca à monumentalidade. Surgiram então os primeiros estilos arquitetônicos: o dórico, ao sul, nas costas do Peloponeso, e o jônico, a leste.
Templo dórico
Templo jônico
Os templos dóricos eram em geral baixos e maciços. As grossas colunas que lhes davam sustentação não dispunham de base, e o fuste tinha forma acanelada. O capitel, em geral muito simples, terminava numa moldura convexa chamada de equino. As colunas davam suporte a um entablamento (sistema de cornijas) formado por uma arquitrave (parte inferior) e um friso de tríglifos (decoração acanelada) entremeado de métopas.
A construção jônica, de dimensões maiores, se apoiava numa fileira dupla de colunas, um pouco mais estilizadas, e apresentava igualmente um fuste acanelado e uma base sólida. O capitel culminava em duas colunas graciosas, e os frisos eram decorados em altos-relevos. Mais adiante, no período clássico (séculos V e IV a.C.), a arquitetura grega atingiu seu ponto máximo. Aos dois estilos já conhecidos veio se somar umoutro, o coríntio, que se caracterizava por umcapitel típico cuja extremidade era decorada por folhas de acanto.
Templo coríntio
As formas foram se estilizando ainda mais e acrescentou-se uma terceira fileira de colunas. O partenon de Atenas é a mais evidente ilustração desse brilhante período arquitetônico grego.
Na época da hegemonia helenística (século III a.C.), a construção, que conservou as formas básicas do período clássico, alcançou o ponto máximo de suntuosidade. As colunas de capitéis ricamente decorados sustentavam frisos trabalhados em relevo, exibindo uma elegância e um trabalho dificilmente superáveis.
No mundo grego, os estilos eram identificados de acordo com as ordens arquitetônicas que regulamentavam toda a obra dos artistas. A ordem dórica é expressa por uma coluna simples, com caneluras profundas, sem base e encimada por um capitel. A jônica é mais fina e graciosa, tem coluna canelada e capitel com volutas. A ordem coríntia, por sua vez, tem coluna bem canelada e capitel profusamente decorado com folhagens, o que o faz bastante diferente dos outros.
Ali, mas uma vez vemos como o vestuário se relaciona com as linhas da arquitetura. O peplo dórico (à esquerda), como a coluna do mesmo estilo, é sóbrio - severo até. O quitão jônico (à direita), ao contrário, apresenta-se bem mais leve e esguio - seguindo o estilo da coluna que caracteriza a respectiva ordem arquitetônica

Fonte: www.pegue.com
ARQUITETURA GREGA
Os gregos destacam-se na arquitetura artística por seu gênio criador, que pode ser admirado no Partenon de Atenas e em outros vestígios, até hoje.
Como os deuses gregos não estavam separados dos homens, assumiram suas feições. Por esse motivo, os templos eram construídos mais como moradia dos deuses que como lugar de adoração. Esculturas e pequenos modelos de argila datados de 1000 anos antes de Cristo mostram que os primeiros templos eram semelhantes às cabanas dos gregos.
Para chegar às construções de hoje, provavelmente, os gregos começavam por levantar uma coluna em honra de um deus ou acontecimento importante. Com o passar do tempo, foram capazes de descobrir a possibilidade de juntar três elementos e construir, daí surgiu o dólmen (em forma de mesa).
É atribuída grande importância ao dólmen, uma vez que ele é a base das construções praticadas pelos gregos. Desta maneira, foi possível a criação de grandes colunas, arcos, portas e janelas.
A existência de um pórtigo sobressalente (semelhante a uma varanda), na entrada das casas e templos, destinava-se a abrigar as estátuas dos deuses e proteger as multidões do tempo. Para a sustentação deste pórtico, surgiram as colunas, que mais tarde foram também motivo de decoração e embelezamento. As iniciais duas colunas de sustentação passaram a ser várias para demonstrar seu maravilhoso entalhe e desenhos. Com mais sustentação, poderia suportar um teto maior e criar grandes salas com vasto espaço.
Na construção dessas colunas, passou-se da madeira (perecível ao tempo), à pedra, em especial o mármore, que conservava os desenhos gregos nos templos.
Os mais importantes templos da antiga Grécia têm estilo dórico, que surgiu como substituição das colunas de madeira. Em função da necessidade de uso dessas colunas dóricas, fixam suas características: três grandes sulcos de cima a baixo, uma peça redonda e outra quadrada formando o topo para dar sustentação e evitar infiltrações. Mais tarde, surge o estilo coríntio, que passa a enfeitar com desenhos e elementos esculpidos a velha e tradicional coluna dórica. Os romanos adotaram esse tipo de coluna coríntia, rendendo-se à supremacia cultural grega.
Nada é arbitrário ou puramente decorativo na arquitetura grega. Em virtude do sistema de medidas, detalhes ganham dimensão e proporções fixas, criando a harmonia do conjunto. Foi no Partenon de Atenas que essa harmonia atingiu seu mais alto grau, tornando-o uma das maiores obras de arte de todos os tempos.
Partenon
Célebre templo, da ordem dórica, foi concluído em 438 a. C., por obra de Ictinos de Mileto e o escultor Fídias. Suas colunas distribuem-se em oito na frente e dezesseis de cada lado. Havia no templo uma estátua da deusa Atena. Era feita de ouro e marfim, sendo muito mais alta que um homem, daí sua imponência. Infelizmente, nada restou dessa estátua, além de modelos de argila que seus devotos guardam ou descrições de viajantes.
Fonte: www.graudez.com.br
ARQUITETURA GREGA
A principal função da arquitetura, pintura e escultura de monumentos até aproximadamente o ano 320 a.C. era de caráter público, ocupando-se de assuntos religiosos e dos acontecimentos civis mais importantes, como as competições esportivas. Os cidadãos só utilizavam as artes plásticas na decoração de suas tumbas e as artes decorativas, para a produção de objetos de uso privado. O enxoval doméstico continha um grande número de vasilhas de terracota pintadas e com acabamento sofisticado; as famílias mais ricas possuíam vasilhas de bronze e espelhos. Em muitos objetos produzidos em terracota e bronze havia pequenas figuras e baixos-relevos.
A maioria das construções levadas a cabo pelos arquitetos gregos foi feita em mármore ou em calcário, além de madeira e telhas, usadas na cobertura dos edifícios. Os escultores trabalharam o mármore e o calcário, modelaram a argila e fundiram suas obras em bronze. As grandes estátuas votivas foram esculpidas em lâminas de bronze ou em madeira recoberta com ouro e marfim. Algumas vezes, as cabeças ou os braços estendidos foram realizados em separado e, posteriormente, unidos ao torso. A escultura em pedra e em argila era total ou parcialmente pintada com pigmentos brilhantes. Os pintores gregos colocavam pigmentos na água para pintar grandes murais ou vasilhas decoradas. Os ceramistas modelavam suas vasilhas em tornos de oleiro e, quando elas ficavam secas, poliam-nas, pintavam-nas e coziam-nas.
Fonte: www.historiadomundo.com.br

domingo, 23 de agosto de 2009

Estatuetas em terracota/MAE USP

"As estatuetas de terracota e os cultos femininos no Mediterrâneo antigo: novos estudos"

Elaine Farias Veloso Hirata
MAE-USP


1. Colin Renfrew e a “Arqueologia do culto”

A abordagem arqueológica no estudo da religião das sociedades antigas encontra-se, hoje, em um momento particularmente profícuo, em decorrência de um processo de avaliação crítica que teve início nos anos 80, na esteira das correntes teóricas pós-processualistas. A "New Archaeology " na busca pelo cientificismo exacerbado recusou-se a incluir o domínio da religião na agenda de suas discussões por considerá-lo, de um lado inapto a ser investigado a partir, apenas, de documentos materiais e de outro, por avaliar que tratava-se de uma área que se prestava demais aos vôos da imaginação abominados pelos processualistas. Assim, durante a longa etapa de debates sobre a formulação de novas metodologias que orientassem o trabalho do arqueólogo, deixou-se de lado o fenômeno religioso. Ocorre que, no quotidiano das sociedades antigas, a esfera religiosa encontra-se profundamente mesclada ao conjunto de ações voltadas para a subsistência, a definição do poder, a estruturação das relações sociais e tudo o mais que embasa o processo histórico que o grupo perfaz. O universo simbólico socialmente construído a partir do exercício das atividades relativas ao sagrado é um componente essencial na vida de qualquer grupo humano. Ignorar as práticas religiosas significa, portanto, comprometer a análise, não apenas empobrecer mas desvirtuar o conhecimento. Um dos raros arqueólogos que se dispuseram a ultrapassar as barreiras interpostas pelos críticos processualistas, entre o documento material e a religião, foi Colin Renfrew.
Arqueólogo inglês de grande destaque desde os inícios dos anos 60, tanto nas pesquisas de campo quanto na definição de proposições teóricas, sempre presentes em seus trabalhos, Renfrew escreveu, em 1985, um texto cujas repercussões até hoje se fazem notar em qualquer debate sobre Arqueologia e Religião. Trata-se do prefácio e do capítulo 1 - “The Archaeology of Cult” e “Towards a Framework for the Archaeology of Cult Practice” - inseridos no volume que publica as escavações do santuário de Phylakopi, localizado na ilha de Melos e datado da Idade do Bronze. (Renfrew 1985: 1-26). Ao defender a real possibilidade de conhecimento das práticas religiosas de períodos sem escrita, o autor critica a ausência de um sistema de inferências do tipo que Binford ( 1977:6) denomina “middle range theory” que permita: “... to make warranted statements about the past , in this case about past cult practice and religious belief, on the basis of the archaeological evidence”. ( Renfrew, 1985: 11). Tal fundamentação teórica, baseada na definição explícita de conceitos e procedimentos, permitiria, por exemplo, a segurança na identificação de um contexto religioso ou então, pensando na nossa questão específica: como atribuir a uma figurinha antropomórfica um significado religioso? A partir de que critérios poderíamos considerá-la a representação de uma figura divina?
A análise das interpretações das inúmeras e variadas estatuetas antropomórficas mediterrânicas, como a expressão material de um culto a uma divindade feminina – a Deusa-Mãe, protetora da fertilidade da terra e dos seres humanos e que, posteriormente teria se desdobrado nas figuras divinas de época histórica – pode ser um estudo de caso emblemático a justificar, de forma contundente, a pertinência dos questionamentos de Colin Renfrew e outros arqueólogos, igualmente preocupados com a inconsistência e superficialidade com que os documentos materiais foram usados nos estudo da religião antiga. (V. discussão a respeito em Cambridge Arch. Journal 6:2 , pp. 281-307).

2. As figurinhas antropomórficas do Mediterrâneo Antigo

As figurinhas antropomórficas, fabricadas em argila, pedra ou outro material, são registradas entre sociedades pré-históricas do Velho Mundo, da América bem como de inúmeras outras regiões. São muito numerosas e, por outro lado têm a ambigüidade como uma característica marcante: é possível interpretá-las sem o auxílio de um texto? Por que foram modeladas de uma determinada formas, i.é, qual o significado da opção por certas características físicas? Estas e tantas outras questões vêm sendo enfrentadas, desde meados do séc. XIX, pelos arqueólogos que se sentiram desafiados a compreender e explicar o sentido da auto-representação e da autoconsciência expressa nas estatuetas. ( CAJ: 281) .
As mais antigas figurinhas antropomórficas conhecidas datam do Paleolítico Superior e a maioria representa figuras femininas. A persistência deste tema, associada à difusão, na Europa do séc. XIX e início do XX, de teorias a respeito do matriarcado (Bachofen, 1861), da matrilinearidade ( Morgan, 1877; Engels, em1844, elabora uma espécie de síntese das duas teorias ) acabou por direcionar alguns arqueólogos como James Mellaart ( 1967) - a partir de suas escavações em Çatalhöyük- e Marija Gimbutas ( 1974) - em relação às estatuetas da Eurropa pré-histórica - à associação das figurinhas à uma pretensa “situação primitiva de matriarcado” e a um culto da “Deusa- Mãe” generalizando-se pela Europa e Bacia do Mediterrâneo.
Duas foram as principais críticas que foram feitas à estas posições: a primeira diz respeito à insuficiência na análise das próprias estatuetas, ignorando-se as profundas diferenças formais que, com certeza são dados de primeira importância para o conhecimento do significado destes artefatos no conjunto da cultura material das sociedades que os produziram e utilizaram. Peter Ucko, já em 1968 escreveu uma obra clássica centrada em um estudo minucioso, detalhista até o extremo, das figurinhas mediterrânicas e pôde evidenciar como haviam sido superficialmente analisadas: a ausência de critérios claros e explícitos para a análise formal das peças gerava equívocos na interpretação da figura representada e, por outro lado, um grande número de figuras assexuadas havia sido ignorado. ( Ucko, 1968: 409-444). Na mesma linha de Ucko, Douglass Bailey
(1994 e 1996) busca refinar a abordagem das figurinhas , partindo de uma proposição inicial no sentido de precisar a própria definição do artefato: “ Definition needs to be complex to return investiment. To speak of durable three-dimensional miniature anthropomorphic representations ( grifo meu) instead of “ figurines” is to do more than merely introduce unwieldy linguistic pedantism. Each term draws our attention to a critical element of the ways in which a figurine functions”. (Bailey, 1996: 291). O estudo circunstanciado dos detalhes da decoração das estatuetas pré-históricas de sítios da Bulgária aliado a uma sólida estrutura conceitual permitem ao autor ampliar de forma significativa as possibilidades interpretativas destas figurinhas ( Bailey, 1996:295) e, ao mesmo tempo relativizar o seu modelo, atentando para a importância crucial do contexto.
Neste ponto situamos a segunda grande crítica feita aos defensores da “Teoria da Grande- Mãe” : a generalização. Bailey ( 1996: 295) sintetiza bem esta questão: “Meaning is not constant across contexts. Individual interpretations will depend on the definition of individual arrays of figurines and the roles which they played whithin the relevant social and political contexts”.
A importância crucial da “análise contextual” defendida por Renfrew e outros arqueólogos do Velho Mundo encontra sua contrapartida na América, especialmente em trabalhos realizados por Kent Flannery, já em 1976. Assim, deslocando o nosso enfoque para a cultura Zapoteca, de Oaxaca (México, 1 500-850) podemos observar um interessante estudo de caso relatado por Joyce Marcus (1 994 e 1996) e centrado na interpretação de figurinhas a partir de uma definição muito precisa do contexto de utilização destes artefatos, de uma análise minuciosa das próprias figurinhas e do complemento fornecido pelos textos. ( Marcus 1996: 291). Foi possível, neste caso, a associação entre as figurinhas e as mulheres a partir da análise contextual: “ Had all our Oaxaca figurines been found out of context, we would never have known how closely associated they were with women and the household” ( Marcus, 1996: 291).
Em síntese, a Arqueologia dispõe, hoje, de instrumentos de análise muito mais precisos seja no que diz respeito à técnica de escavação e à datação, quanto em relação a uma estrutura teórica específica, aplicada aos estudos da religião. A chamada “Arqueologia Cognitiva” é uma das respostas aos críticos processualistas sobre a impossibilidade de acesso à religião exclusivamente via documento material ( Renfrew e Zubrow, 1994). É consenso entre os arqueólogos contemporâneos que as análises generalizantes – do tipo da “Deusa-Mãe” mediterrânica – não condizem com o respeito ao contexto, enquanto espaço definidor do sentido que um artefato pode apresentar para um grupo social determinado. O mesmo cuidado aplica-se às analogias históricas apressadas que permeiam as interpretações de fenômenos pré ou proto-históricos : não é possível interpretar um contexto mais antigo, ainda desconhecido, a partir de teorias estabelecidas para contextos mais recentes. Assim, a associação, em época histórica, de figurinhas femininas a determinadas divindades, de forma alguma autoriza a identificação de um sentido religioso em estatuetas que porventura sejam formalmente similares aos exemplares mais recentes. Muitos dos procedimentos elencados acima aplicam-se ao trabalho arqueológico em geral e não apenas aos estudos da religião mas, por várias razões, acabam sendo menos freqüentemente observados nesta área.
Para concluir, podemos, mais uma vez atentar para o que afirma Renfrew:
“ The archaeologist, it should be remembered, cannot observe beliefs: one can only work with material remains, the consequences of actions. In favourable cases,…, these remains are the results of actions which we can plausibly interpret as arising from religious belief” (Renfrew 1985: 12)




Referências bibliográficas:

A.AVV – “ Can We Interpret Figurines?” , Cambridge Archaeological Journal 6:2 (1996)pp.281-307. (V. Bibliografia final)
A.A.V.V. – “ What is Cognitive Archaeology?”, Cambridge Archaeological Journal, 3:2 ( 1993)pp. 247-270 (V. Bibliografia final)
Bailey, D. – “ The interpretation of figurines: The emergence of Illusion and News Ways of Seeing”, Cambridge Archaeological Journal, 6:2, (1996) pp.291-295.
Laffineur, Robert – " Archéologie et religion: Problèmes et méthodes", Kernos, 1 , 1988, pp.129 – 140.
Marcus,J. e Flannery, K. – “ Ancient Zapotec ritual and religion: an application of the direct historical approach” in The Ancient mind. Elements of Cognitive Archaeology. Renfrew ,C. e Zubrow,E. (eds.) Cambridge, 1994,pp. 55-74
Marcus,J. – “ The Importance of Context in Interpreting Figurines”, Cambridge Arch. Journal , 6:2 ( 1996) pp. 285-294.
Renfrew, Colin - The archaeology of cult. The sanctuary of Phylakopi. The British School of Archaeology at Athens (supplementary vol. 18). Londres, 1985
Renfrew, Colin e Zubrow, Ezra W.- The ancient mind. Elements of cognitive archaeology. Cambridge, 1994.
Gimbutas, Marija - The Goddesses and Gods of Old Europe, 6 500 – 3 500 bc: Myths and Cult Images. 2a. ed. Londres, 1982

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Palestars e eventos - MAE/USP

A CIDADE ANTIGA EM CENAA exposição exibe fotos tiradas durante expedição audiovisual do Laboratório de Estudos sobre a Cidade Antiga (LABECA) à Sicília, Itália, onde se buscou registrar, na paisagem urbana atual, as evidências, permanências e reminiscências da vida dos antigos habitantes de cidades como Siracusa, Naxos e Taorquina.Quando: terça a sexta-feira, 9h às 17hOnde: Museu de Arqueologia e EtnologiaAv. Prof. Almeida Prado, 1466, Cidade Universitáriawww.mae.usp.brInformações: (11) 3091-4905Quanto: Entrada franca
A CIDADE ANTIGA EM CENAA exposição exibe fotos tiradas durante expedição audiovisual do Laboratório de Estudos sobre a Cidade Antiga (LABECA) à Sicília, Itália, onde se buscou registrar, na paisagem urbana atual, as evidências, permanências e reminiscências da vida dos antigos habitantes de cidades como Siracusa, Naxos e Taorquina.Quando: terça a sexta-feira, 9h às 17hOnde: Museu de Arqueologia e Etnologia*Av. Prof. Almeida Prado, 1466, Cidade Universitáriawww.mae.usp.brInformações: (11) 3091-4905Quanto:Entrada franca
A CIDADE ANTIGA EM CENAA exposição exibe fotos tiradas durante expedição audiovisual do Laboratório de Estudos sobre a Cidade Antiga (LABECA) à Sicília, Itália, onde se buscou registrar, na paisagem urbana atual, as evidências, permanências e reminiscências da vida dos antigos habitantes de cidades como Siracusa, Naxos e Taormina.Quando: terça a sexta-feira, 9h às 17hOnde: Museu de Arqueologia e Etnologia*Av. Prof. Almeida Prado, 1466, Cidade Universitáriawww.mae.usp.brInformações: (11) 3091-4905Quanto:Entrada franca
FORMAS DE HUMANIDADE A exposição apresenta a síntese das coleções arqueológicas e etnográficas do Museu de Arqueologia e Etnologia da USP, estruturada em três setores: “Brasil Indígena”, “África: Culturas e Sociedades” e “Mediterrâneo e Médio-Oriente na Antigüidade”. Quando: terça a sexta-feira, das 9h às 17h, e aos sábados, domingos e feriados, das 10h às 16h (a exposição estará fechada ao público até 1° de janeiro de 2007 para manutenção)Onde: Museu de Arqueologia e Etnologia*Av. Prof. Almeida Prado, 1466, Cidade Universitáriawww.mae.usp.brInformações: (11) 3091-4905Entrada franca*Quanto:*O agendamento de grupos deve ser feito com antecedência e será cobrada taxa.
FORMAS DE HUMANIDADEA exposição apresenta a síntese das coleções do Museu de Arqueologia e Etnologia da USP, estruturada em três setores: “Brasil indígena”, “África: Culturas e Sociedades” e “Mediterrâneo e Médio-Oriente na Antigüidade”. Integra o programa “Fins de Semana e Feriados na Cidade Universitária”, do Museu de Ciências.Quando: terça à sexta-feira, 9h às 17h, e aos sábados, domingos e feriados, 10h às 16hOnde: Museu de Arqueologia e Etnologia*Av. Prof. Almeida Prado, 1466, Cidade Universitáriawww.mae.usp.brInformações: (11) 3091-4905Quanto:Entrada franca**O agendamento de grupos deve ser feito com antecedência e será cobrada taxa.
FORMAS DE HUMANIDADE A exposição apresenta a síntese das coleções do Museu de Arqueologia e Etnologia da USP, estruturada em três setores: “Brasil indígena”, “África: Culturas e Sociedades” e “Mediterrâneo e Médio-Oriente na Antigüidade”. Integra o programa “Fins de Semana e Feriados na Cidade Universitária”, do Museu de Ciências.Quando: terça à sexta-feira, das 9h às 17h, e aos sábados, domingos e feriados, das 10h às 16h Onde: Museu de Arqueologia e Etnologia*Av. Prof. Almeida Prado, 1466, Cidade Universitáriawww.mae.usp.brInformações: (11) 3091-4905Quanto:Entrada franca**O agendamento de grupos deve ser feito com antecedência e será cobrada taxa.
FORMAS DE HUMANIDADE A exposição apresenta a síntese das coleções do Museu de Arqueologia e Etnologia da USP, estruturada em três setores: “Brasil indígena”, “África: Culturas e Sociedades” e “Mediterrâneo e Médio-Oriente na Antigüidade”. Integra o programa “Fins de Semana e Feriados na Cidade Universitária”, do Museu de Ciências.Quando: terça a sexta-feira, 9h às 17h, e aos sábados, domingos e feriados, 10h às 16hOnde: Museu de Arqueologia e Etnologia*Av. Prof. Almeida Prado, 1466, Cidade Universitáriawww.mae.usp.brInformações: (11) 3091-4905Quanto:Entrada franca**O agendamento de grupos deve ser feito com antecedência e será cobrada taxa.
FORMAS DE HUMANIDADE A exposição apresenta a síntese das coleções do Museu de Arqueologia e Etnologia da USP, estruturada em três setores: “Brasil indígena”, “África: Culturas e Sociedades” e “Mediterrâneo e Médio-Oriente na Antigüidade”. Integra o programa “Fins de Semana e Feriados na Cidade Universitária”, do Museu de Ciências.Quando: terça à sexta-feira, 9h às 17h, e aos sábados, domingos e feriados, 10h às 16hOnde: Museu de Arqueologia e Etnologia*Av. Prof. Almeida Prado, 1466, Cidade Universitáriawww.mae.usp.brInformações: (11) 3091-4905Quanto:Entrada franca**O agendamento de grupos deve ser feito com antecedência e será cobrada taxa.

Palestars e eventos - MAE/USP

A CIDADE ANTIGA EM CENAA exposição exibe fotos tiradas durante expedição audiovisual do Laboratório de Estudos sobre a Cidade Antiga (LABECA) à Sicília, Itália, onde se buscou registrar, na paisagem urbana atual, as evidências, permanências e reminiscências da vida dos antigos habitantes de cidades como Siracusa, Naxos e Taorquina.Quando: terça a sexta-feira, 9h às 17hOnde: Museu de Arqueologia e EtnologiaAv. Prof. Almeida Prado, 1466, Cidade Universitáriawww.mae.usp.brInformações: (11) 3091-4905Quanto: Entrada franca
A CIDADE ANTIGA EM CENAA exposição exibe fotos tiradas durante expedição audiovisual do Laboratório de Estudos sobre a Cidade Antiga (LABECA) à Sicília, Itália, onde se buscou registrar, na paisagem urbana atual, as evidências, permanências e reminiscências da vida dos antigos habitantes de cidades como Siracusa, Naxos e Taorquina.Quando: terça a sexta-feira, 9h às 17hOnde: Museu de Arqueologia e Etnologia*Av. Prof. Almeida Prado, 1466, Cidade Universitáriawww.mae.usp.brInformações: (11) 3091-4905Quanto:Entrada franca
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FORMAS DE HUMANIDADE A exposição apresenta a síntese das coleções arqueológicas e etnográficas do Museu de Arqueologia e Etnologia da USP, estruturada em três setores: “Brasil Indígena”, “África: Culturas e Sociedades” e “Mediterrâneo e Médio-Oriente na Antigüidade”. Quando: terça a sexta-feira, das 9h às 17h, e aos sábados, domingos e feriados, das 10h às 16h (a exposição estará fechada ao público até 1° de janeiro de 2007 para manutenção)Onde: Museu de Arqueologia e Etnologia*Av. Prof. Almeida Prado, 1466, Cidade Universitáriawww.mae.usp.brInformações: (11) 3091-4905Entrada franca*Quanto:*O agendamento de grupos deve ser feito com antecedência e será cobrada taxa.
FORMAS DE HUMANIDADEA exposição apresenta a síntese das coleções do Museu de Arqueologia e Etnologia da USP, estruturada em três setores: “Brasil indígena”, “África: Culturas e Sociedades” e “Mediterrâneo e Médio-Oriente na Antigüidade”. Integra o programa “Fins de Semana e Feriados na Cidade Universitária”, do Museu de Ciências.Quando: terça à sexta-feira, 9h às 17h, e aos sábados, domingos e feriados, 10h às 16hOnde: Museu de Arqueologia e Etnologia*Av. Prof. Almeida Prado, 1466, Cidade Universitáriawww.mae.usp.brInformações: (11) 3091-4905Quanto:Entrada franca**O agendamento de grupos deve ser feito com antecedência e será cobrada taxa.
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FORMAS DE HUMANIDADE A exposição apresenta a síntese das coleções do Museu de Arqueologia e Etnologia da USP, estruturada em três setores: “Brasil indígena”, “África: Culturas e Sociedades” e “Mediterrâneo e Médio-Oriente na Antigüidade”. Integra o programa “Fins de Semana e Feriados na Cidade Universitária”, do Museu de Ciências.Quando: terça à sexta-feira, 9h às 17h, e aos sábados, domingos e feriados, 10h às 16hOnde: Museu de Arqueologia e Etnologia*Av. Prof. Almeida Prado, 1466, Cidade Universitáriawww.mae.usp.brInformações: (11) 3091-4905Quanto:Entrada franca**O agendamento de grupos deve ser feito com antecedência e será cobrada taxa.

Palestars e eventos - MAE/USP

A CIDADE ANTIGA EM CENAA exposição exibe fotos tiradas durante expedição audiovisual do Laboratório de Estudos sobre a Cidade Antiga (LABECA) à Sicília, Itália, onde se buscou registrar, na paisagem urbana atual, as evidências, permanências e reminiscências da vida dos antigos habitantes de cidades como Siracusa, Naxos e Taorquina.Quando: terça a sexta-feira, 9h às 17hOnde: Museu de Arqueologia e EtnologiaAv. Prof. Almeida Prado, 1466, Cidade Universitáriawww.mae.usp.brInformações: (11) 3091-4905Quanto: Entrada franca
A CIDADE ANTIGA EM CENAA exposição exibe fotos tiradas durante expedição audiovisual do Laboratório de Estudos sobre a Cidade Antiga (LABECA) à Sicília, Itália, onde se buscou registrar, na paisagem urbana atual, as evidências, permanências e reminiscências da vida dos antigos habitantes de cidades como Siracusa, Naxos e Taorquina.Quando: terça a sexta-feira, 9h às 17hOnde: Museu de Arqueologia e Etnologia*Av. Prof. Almeida Prado, 1466, Cidade Universitáriawww.mae.usp.brInformações: (11) 3091-4905Quanto:Entrada franca
A CIDADE ANTIGA EM CENAA exposição exibe fotos tiradas durante expedição audiovisual do Laboratório de Estudos sobre a Cidade Antiga (LABECA) à Sicília, Itália, onde se buscou registrar, na paisagem urbana atual, as evidências, permanências e reminiscências da vida dos antigos habitantes de cidades como Siracusa, Naxos e Taormina.Quando: terça a sexta-feira, 9h às 17hOnde: Museu de Arqueologia e Etnologia*Av. Prof. Almeida Prado, 1466, Cidade Universitáriawww.mae.usp.brInformações: (11) 3091-4905Quanto:Entrada franca
FORMAS DE HUMANIDADE A exposição apresenta a síntese das coleções arqueológicas e etnográficas do Museu de Arqueologia e Etnologia da USP, estruturada em três setores: “Brasil Indígena”, “África: Culturas e Sociedades” e “Mediterrâneo e Médio-Oriente na Antigüidade”. Quando: terça a sexta-feira, das 9h às 17h, e aos sábados, domingos e feriados, das 10h às 16h (a exposição estará fechada ao público até 1° de janeiro de 2007 para manutenção)Onde: Museu de Arqueologia e Etnologia*Av. Prof. Almeida Prado, 1466, Cidade Universitáriawww.mae.usp.brInformações: (11) 3091-4905Entrada franca*Quanto:*O agendamento de grupos deve ser feito com antecedência e será cobrada taxa.
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FORMAS DE HUMANIDADE A exposição apresenta a síntese das coleções do Museu de Arqueologia e Etnologia da USP, estruturada em três setores: “Brasil indígena”, “África: Culturas e Sociedades” e “Mediterrâneo e Médio-Oriente na Antigüidade”. Integra o programa “Fins de Semana e Feriados na Cidade Universitária”, do Museu de Ciências.Quando: terça à sexta-feira, 9h às 17h, e aos sábados, domingos e feriados, 10h às 16hOnde: Museu de Arqueologia e Etnologia*Av. Prof. Almeida Prado, 1466, Cidade Universitáriawww.mae.usp.brInformações: (11) 3091-4905Quanto:Entrada franca**O agendamento de grupos deve ser feito com antecedência e será cobrada taxa.

Site do labeca-MAE/USP

http://www.mae.usp.br/labeca/

domingo, 16 de agosto de 2009

MAE-USP

MAE-USP:

CURSOS:
São pontos relevantes na atuação do trabalho de pesquisa e docência em Arqueologia e Etnologia no MAE:
a) a formação de alunos em pesquisa de campo (sítios-escolas) e no laboratório b) a conscientização para a importância do Patrimônio Cultural, através da criação de Museus Regionais como o do Centro Regional de Piraju e o Museu de Iguape;c) trabalhos com equipes de serviços educativos junto às populações dos municípios com sítios arqueológicos;
Cursos e Palestras oferecidos:
Graduação
Pós-Graduação Extensão Universitária
d) preservação dos sítios arqueológicos e histórico-coloniais;
e) trabalho permanente junto a órgãos oficiais com vistas à preservação do patrimônio arqueológico nas novas áreas de atuação: IPHAN; CONDEPHAAT;
f) a introdução a pesquisas com a documentação material através de estudos das coleções do acervo.
Disciplinas Optativas de Graduação
Arqueologia
Não há na Universidade de São Paulo, e em nenhuma universidade pública brasileira, um curso que forme arqueólogos. O MAE vem assumindo este papel ao oferecer disciplinas optativas de graduação sigladas na instituição - "Introdução à Arqueologia: teoria e método" - "Arqueologia Brasileira", "Introdução à Arqueologia do Mediterrâneo Antigo", "Arqueologia Americana" - ou ministradas em Departamentos afins por seus docentes - "Zooarqueologia: Ecologia Humana do Passado" (no Instituto de Biociências) e "Geoarqueologia" (Depto. de Geografia, FFLCH). Os estágios de iniciação científica, sob a tutela de um orientador, são a base para uma formação adequada em arqueologia no nível de graduação.
Museologia
O MAE vem oferecendo anualmente a disciplina "Museologia, Comunicação / Educação", é a primeira disciplina siglada na área, oferecida para os alunos de graduação da USP. Seu objetivo é apresentar os conceitos principais sobre museus, museologia, comunicação e educação; salientar os processos museológicos que sustentam o museu enquanto canal de comunicação e agência educativa; apresentar as novas perspectivas que a museologia oferece aos museus; discutir os conceitos da nova museologia, e vem possibilitando além da introdução às questões da comunicação museológica um contato entre estudantes de varias áreas.
Pós-Graduação em arqueologia
(Clique Aqui para ver o Calendario da Pós-Graduação)
O Curso de Pós-Graduação em Arqueologia da USP é o pioneiro na formação de arqueólogos pesquisadores-docentes do Brasil e sua relevância tem sido inúmeras vezes comprovada nos seus já vinte e oito anos de atuação, formando especialistas de importância no panorama nacional.O número sempre crescente de seu corpo docente e discente indica tanto um desenvolvimento do campo da Arqueologia no Brasil, como a procura de uma formação sólida, respaldada por condições materiais e intelectuais que a USP pode assegurar, enfrentando a grande responsabilidade de capacitação de profissionais no mercado de trabalho.A importância do Curso de Pós-Graduação em Arqueologia da USP, sobretudo, está na atuação fundamental de um grupo considerável de arqueólogos em diversas áreas de pesquisa, tanto em Arqueologia Americana (brasileira/sul-americana) como do Mediterrâneo Antigo e Médio-Oriente. É o curso que completa a formação de alunos que passaram por vários anos de estágio em trabalhos de campo, laboratórios, reservas técnicas e bibliotecas do MAE e da USP, orientados pelos docentes-pesquisadores na categoria de iniciação científica. Por outro lado, a irradiação do Curso de Pós-Graduação em Arqueologia não se restringe apenas à Região Sudeste, onde se insere, mas abrange as demais regiões do Brasil. Em primeiro lugar, considerando as regiões sob o foco das pesquisas de seus docentes. Em segundo lugar, pelo afluxo de alunos das regiões Centro-Oeste, Sul, Norte e Nordeste. Em terceiro lugar, pelos projetos de impacto ambiental, sob a responsabilidade de docentes do MAE, que não se limitam às fronteiras da região Sudeste, mas atingem um nível nacional. Este é um aspecto relevante a ser mencionado, tendo em vista a legislação atual e a preparação de Relatórios de Impacto Ambiental (RIMA), freqüentemente elaborados por escritórios independentes que atuam na área de arqueologia. Tais arqueólogos, que trabalham por contrato, podem ser absorvidos e integrados a programas concretos e melhor orientados por docentes-pesquisadores-doutores de acordo com preceitos científicos.
Extensão Universitária
Arqueologia, Etnologia, Curadoria, e Museologia
Além das disciplinas optativas de graduação, são semestralmente oferecidos cursos de extensão universitária - Difusão Cultural e Atualização - nas áreas de Arqueologia Brasileira, Americana e do Mediterrâneo Antigo, de Etnologia Brasileira e Africana e de Curadoria, centrados no acervo e em temas decorrentes dele, com a finalidade de divulgar as atividades de pesquisa e o acervo da instituição. Nas áreas de Educação e Museologia, são ministrados cursos que visam abordar a área de musealização nas suas múltiplas interfaces: conhecimento científico, concepção museográfica, montagem de exposição, avaliação museológica e educação (ed. infantil, 1o., 2o. e 3o. graus) em museus e exposições.

MAE-USP

Arqueologia/Archeologia

Arqueólogos brasileiros pesquisam no Sul da Itália e contestam história tradicionalSegunda-feira - 03/12/2007

Foto: Wagner Souza e Silva.
Arqueólogos da Usp percorreram a região da Itália conhecida na antiguidade como Magna Grécia, na atual Sicília, procurando desvendar a formação da pólis.

Expedição de arqueólogos da USP ao sul da Itália – região conhecida na Antigüidade como Magna Grécia – contesta história tradicional e mostra que colônias gregas contribuíram para a formação da pólis
Na pequena cidade de Siracusa, ao sul da Itália, um templo a Apolo do século 6 antes de Cristo convive com uma rua ocupada por lojas sofisticadas e uma tradicional feira livre siciliana. As cidades, construções e monumentos históricos da antigüidade grega e as relações desse patrimônio com as estruturas urbanas atuais foram os principais pontos de interesse da expedição audiovisual realizada por pesquisadores do Laboratório de Estudos sobre a Cidade Antiga (Labeca) do Museu de Arqueologia e Etnologia (MAE) da USP às cidades de Siracusa, Naxos e Taormina. Os primeiros resultados da viagem estão na mostra fotográfica “A Cidade Antiga em Cena”, em cartaz até o fim do ano no MAE. As visitas científicas, realizadas entre 5 de maio e 8 de julho deste ano, tiveram como objetivo captar imagens sobre a região no sul da Itália conhecida no passado como Magna Grécia. Ali, a partir do século 8 antes de Cristo, se desenvolveram três dezenas de colônias gregas. Liderada pelas professoras Maria Beatriz Borba Florenzano e Elaine Hirata, a equipe do Labeca fez 17 horas de gravações em audiovisual e tirou 10 mil fotografias. Esse material será utilizado para a produção de um documentário científico de 26 minutos, a ser distribuído para escolas do ensino fundamental e médio. Servirá também para pesquisas vinculadas ao projeto temático Cidade e Território na Grécia Antiga – Organização do Espaço e Sociedade, do qual o Labeca é parte integrante.
As imagens captadas durante a expedição se encontram num banco de dados arqueológicos do Labeca, aberto à consulta de pesquisadores e professores interessados na história da cidade antiga. Segundo a professora Elaine Hirata, esse trabalho de organização e disponibilização de informações é importante para o trabalho de pesquisadores da sociedade grega antiga que não têm possibilidade de contato com as fontes primárias de conhecimento sobre o tema. O Labeca planeja publicar uma página eletrônica até o fim deste ano para disponibilizar esse material via internet.
Vestígios
A pesquisa de fundo do Laboratório de Estudos da Cidade Antiga, coordenado pelas professoras Maria Beatriz e Elaine, procura desvendar a contribuição das colônias gregas do mediterrâneo ocidental para a formação do modelo de cidade conhecido como pólis, que predominou no mundo grego antigo. Os estudos têm como base vestígios materiais relativos aos usos e à organização do espaço nas povoações da Grécia antiga. Abrangem os períodos arcaico, clássico e helenístico, ou seja, entre os séculos 8 e 2 antes de Cristo, desde a fundação das primeiras colônias até o período de dominação da Grécia pela Macedônia.
Até agora, os historiadores afirmam que os colonizadores gregos reproduziram nas regiões distantes o modelo de cidade que deixaram no continente. Mas as pesquisas do Labeca – e de outros grupos de arqueólogos do Brasil e do exterior – têm mudado essa visão. Segundo a professora Elaine Hirata, textos posteriores à colonização, como os de Tucídides, e a datação de materiais, instrumentos, cerâmicas e construções indicam que a fundação das colônias e a estruturação das cidades gregas foram fenômenos contemporâneos. Os dados indicam que a pólis surgiu a partir de um processo de experimentação, de multiplicidade de experiências trocadas entre a cidade e a colônia. A contribuição das colônias gregas ocidentais na gênese da pólis se deu de forma mais intensa no arranjo urbanístico. “Foram definidas as áreas de habitação, com ruas dispostas em forma regular, ortogonal, e espaços especializados, como necrópoles e áreas de reuniões, como a ágora”, afirma Elaine.

Foto: Wagner Souza e Silva
Em Siracusa, templos do século 6 Antes de Cristo compõem a paisagem urbana com feiras livres.

Herança grega – Na expansão da cidade de Siracusa, hoje com mais de 120 mil habitantes, foi mantida a malha urbana das cidades antigas. “Era uma solução bem pensada e foi mantida porque funciona”, conta Elaine. Há, ainda, a adaptação de espaços a novas necessidades. Na catedral de Siracusa, por exemplo, uma fachada barroca do século 18 esconde um interior habitado por colunas gregas pertencentes ao templo da deusa Atena, datadas do século 6 antes de Cristo.
A permanência de costumes nascidos na antiguidade entre a população local pode ser observada principalmente no teatro, entre grupos de pescadores e no cultivo de oliveiras e vinhas. Os agricultores e os pescadores do sul da Itália reconhecem a ligação entre sua ocupação e o modo de vida dos colonos gregos. “Os mais velhos têm a clareza da sobreposição dos tempos e dos povos que dominaram a região”, relata Elaine.
Os registros mais antigos do teatro de Neápolis, construído pelo arquiteto Myrillas, datam do século 5 antes de Cristo. Desde o início do século 20, em todos os verões, as arquibancadas da construção recebem de turistas e a população local para um festival de tragédias e comédias clássicas, promovidas pelo Istituto Nazionale del Dramma Antico. Esse evento, na opinião da professora Elaine, representa a síntese da interação entre passado e presente operada na região de Siracusa. Os registros produzidos pela expedição durante a apresentação da peça As traquínias , de Sófocles, integram a exposição fotográfica no MAE.
Ensinar arqueologia – Segundo Silvio Cordeiro, coordenador técnico do documentário em fase de produção, o Labeca tomou uma decisão pioneira na área de arqueologia ao destinar parte de seu financiamento para a produção de um material didático audiovisual destinado a estudantes do ensino fundamental e médio. A idéia é produzir instrumentos de ensino que incorporem os recentes resultados das pesquisas, transmitindo-os através de uma linguagem atraente para os jovens. Pretende-se distribuir cerca de 3 mil cópias do vídeo, acompanhadas de libretos, para professores, escolas públicas e faculdades de Educação de todo o País.
Além do processo múltiplo de formação das cidades gregas, será incluída no vídeo uma reflexão sobre a construção da paisagem no tempo, por meio do diálogo entre as ocupações atuais e as pólis. Durante a expedição, a equipe também registrou depoimentos de moradores. A observação dos usos do espaço urbano nas localidades busca entender como as cidades refletem as respostas encontradas aos problemas de viver em comunidade. Silvio Cordeiro ressalta que, para os pesquisadores, produzir o documentário também é um processo de estudo da arqueologia. A expedição foi financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, pelas Pró-Reitorias de Pesquisa e de Cultura e Extensão e pelo Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo. (Natália Keri, especial para o Jornal da USP)

Arqueologia Mediterânica-USP

SERVIÇO DE BIBLIOTECA E DOCUMENTAÇÃO:
O SBD/MAE possui um acervo bibliográfico voltado especialmente às áreas de arqueologia mediterrânica, médio-oriental, africana, americana e brasileira; pré-história geral e brasileira; numismática grega e romana; e integra também um acervo muito rico nas áreas de etnologia africana, americana e brasileira; museologia; conservação e restauro.
Possui um acervo de cerca de 50.000 volumes entre livros, periódicos, folhetos, catálogos de exposição e mapas. Dentre os periódicos que chegam a um total de 1100 títulos, 360 títulos são correntes. O SBD/MAE caracteriza-se por ser a Biblioteca mais completa em arqueologia e pré-história do país, e sem dúvida, uma das maiores da América do Sul em termos de qualidade do acervo e atualização. Integra o Sistema de Bibliotecas da USP (SIBI/USP) e o SIBINet, a rede de Bibliotecas do SIBI/USP que coordena e desenvolve, entre outras atividades e projetos, o Dedalus - Banco de Dados Bibliográficos da USP, disponível também viaInternet. Atendimento: O SBD/MAE funciona de segunda à sexta-feira, das 8h às 18h, e a consulta ao seu acervo é aberta a todos os interessados.Telefone: (011) 3091-4978 / 3091-5042 e-mail: bibmae@edu.usp.br

Introdução.


Fonte: Wikpedia.


Ciência que estuda os artefatos e a relação entre eles por um viés cultural, onde estes correspondem a produtos da atividade humana.
Arqueologia (cuja origem etimológica vem de arqueo, antigo e lógos, estudo) é uma ciência social que estuda as sociedades, podendo ser tanto as que ainda existem, quanto as atualmente extintas, através de seus restos materiais, sejam estes objectos móveis (como por exemplo objecto de arte, como as vénus) ou objectos imóveis (como é o caso de estruturas arquitectónicas). Também se incluem as intervenções no meio ambiente efetuadas pelo homem.
A maioria dos primeiros arqueólogos, que aplicaram a sua disciplina aos estudos das antiguidades, definiram a arqueologia como o "estudo sistemático dos restos materiais da vida humana já desaparecida". Outros arqueólogos enfatizaram aspectos psicológico-comportamentais e definiram a arqueologia como "a reconstrução da vida dos povos antigos".Em alguns países a arqueologia é considerada como uma disciplina pertencente à antropologia; enquanto esta se centra no estudo das culturas humanas, a arqueologia dedica-se ao estudo das manifestações materiais destas. Deste modo, enquanto as antigas gerações de arqueólogos estudavam um antigo instrumento de cerâmica como um elemento cronológico que ajudaria a pôr-lhe uma data à cultura que era objeto de estudo, ou simplesmente como um objeto com um verdadeiro valor estético, os antropólogos veriam o mesmo objecto como um instrumento que lhes serviria para compreender o pensamento, os valores e a própria sociedade a que pertenceram